segunda-feira, 30 de abril de 2012

Inspirador


Flamboyan de Jardim..

jardinagem e paisagismo no inverno


Jardinagem e Paisagismo no Inverno
Espécies em florEspécies para plantar
Amor-perfeito
Begônia
Manacá-da-serra-anão
Calceolária
Centáurea
Érica
Marmelinho-ornamental
Eritrina
Ipê-branco
Azaléia
Buquê-de-noiva
Ciclâmen
Trepadeira-africana
Petúnia
Lobélia
Jasmim-amarelo
Orquídeas
Cipó-de-são-joão
Cinerária
Caliandra-rosa
Boca-de-leão
Resedá
Narciso
Glicínia
Cipó-de-sino
Primavera
Birí
Batata
Cravo
Gladíolo
Açucena
Narciso
Lírio
Agapanto
Cercas-vivas
Begônia
Boca-de-leão
Gerânio
Sálvia
Verbena
Aquilégia
Cravina
Amor-perfeito
Ervilha
Cebola
Malva-rosa
Espécies para podarEspécies para colher
Roseira
Groselha
Macieira
Pessegueiro
Ameixeira
Figueira
Clerodendro
Pereira
Videira
Liqüidambar
Abélia
Kiwizeiro
Bico-de-papagaio
Cipó-uva
Jasmim
Framboesa
Acácia-mimosa (após a floração)
Aipo
Acelga
Couve
Alho-porró
Manga
Caqui
Laranja
Beterraba
Cenoura
Morango
Abacate
Banana-prata
Tangerina
Mamão-papaia
Kino
Granadilha
Carambola
Pitaia
Figo
Chicória
Maçã
Ervilha
Nabo
Aspargo
Rabanete



Na Europa, com o clima temperado, o inverno traz as geadas e a neve, mas na maior parte do Brasil, o inverno é apenas mais uma estação de calor. O frio que caracteriza esta estação está presente apenas nos estados do sul, sudeste e em regiões serranas e mesmo assim não chega a ser tão rigoroso. No entanto, apesar de não esfriar em outros locais do Brasil, o tempo se modifica um pouco, é época de chuvas no nordeste e secas no centro-oeste. A região norte é a única que não se altera muito, devido a ação reguladora da floresta.
Conífera
Coníferas são naturalmente resistentes ao inverno.
Foto: Mark Evans
No inverno característico e frio, de nossas regiões subtropicais, um pouco de atenção com o jardim pode garantir um estação com flores e frutos, e preparar asplantas e o solo para a primavera que se aproxima. Algumas plantas são naturalmente resistentes ao frio, não exigindo tarefa alguma no inverno, como as coníferas (pinheiros e ciprestes). Outras, como as plantas tropicais, hortaliças e árvores frutíferas podem exigir alguma manutenção, mas nada que se compare às outras estações. Confira a seguir algumas dicas para a estação mais fria do ano:

1. Podas de arbustos e árvores

  Em locais frios, muitas espécies de plantas cessam seu crescimento vegetativo, dormindo até a chegada da primavera. Entre estas espécies, encotram-se muitos arbustos e árvores, que necessitam de podas de limpeza e formação nesta época. Remova galhos secos, malformados e doentes, pois desta forma a luz ficará melhor distribuída pela copa da planta. Não é muito difícil reconhecer as plantas que podem ser podadas nesta época. Geralmente as plantas originárias de clima temperado e as plantas que perdem as folhasno inverno. Não pode as plantas que estão em flor ou com botões, mesmo que tenham perdido as folhas, pois elas não estão dormindo, estão em plena atividade.

2. Combate a pragas e doenças

O inverno também é época ideal para combater pragas e doenças. A maioria delas reduz sua proliferação neste período, sendo um bom momento para controlá-las de forma mais eficiente. Fugindo à regra, algumas doenças fúngicas aumentam neste período, principalmente em regiões com longos períodos chuvosos. O mesmo acontece com as lesmas e caramujos, que se aproveitam da umidade, e da temperatura amena para devorar as folhas verdes.
Para evitar a infestação por estas pragas e doenças, enquanto as plantas estão mais sensíveis, é importante remover as restos das plantas anuais de verão, que estão mortas ou fracas nos canteiros. Retirar galhos secos, flores, frutos e folhas caídos, e colocá-los na compostagem, também ajuda a manter as pragas afastadas. Pulverizações preventivas, com fungicidas a base de cobre, como a calda bordalesa, devem ser realizadas pelo menos a cada mês, nas frutíferas, orquídeas, arbustos, mudas, sementeiras, etc.

3. Correção e adubação do solo

Nas plantas em repouso, as adubações químicas devem ser evitadas. Desta forma o período é bom para a correção do solo, com calcário dolomítico ou calcítico, já que a calagem não pode ser feita concomitantemente com a adubação. Durante a correção do solo, revolva os canteiros, assim mistura-se melhor o calcário e evita-se a compactação. Não esqueça de fazer uma análise de solo completa antes, e desta forma planejar a adubação para as próximas estações.
Nas plantas que estão em crescimento, floração e frutificação, adubações são bem vindas, principalmente com os adubos orgânicos, que têm liberação mais lenta. Em locais frios, misture esterco bem curtido e farinha de ossos à terra dos canteiros e vasos de bulbosas, petúnias, roseiras, prímulas, begônias e amores-perfeitos.

4. Proteção contra o frio

Cobertua morta
Cobertura morta nos canteiros de bulbos.
Foto: Scott Robinson
Coloque cobertura morta nos canteiros, seja no frio ou no calor. Esta cobertura, além de servir como isolante térmico, irá repor a matéria orgânica, melhorando a fertilidade e a textura do solo, além de proteger as plantas da estiagem. Servem para esta função, serragem, casca de pinus, folhas secas, aparas de grama, entre outros materiais.
As plantas tropicais merecem uma atenção especial no frio. Elas são sensíveis às geadas e temperaturas muito baixas, e devem ser protegidas durante a noite com lonas, plásticos, tecidos de tnt ou mantas bidim. Este cuidado serve também às hortaliças, além de mudas de flores e forrações mais delicadas.

5. Irrigação especial

Como o frio reduz a evaporação da água, no inverno as regas são reduzidas. Via de regra, deve-se irrigar apenas quando a superfície do substrato apresentar-se seco. Para o gramado, basta ficar de olho nas folhinhas: quando elas começarem a enrolar é porque já está na hora de regar.
Outro cuidado importante é regar as plantas pela manhã, por dois motivos: A rega à tarde e à noite faz com que a terra permaneça muito tempo úmida, favorecendo pragas e doenças. Outra razão importante para regar pela manhã, é que, caso tenha ocorrido alguma geada à noite, você tem a chance de derreter o gelo antes do sol, evitando assim as típicas queimaduras nas folhas.
Amor-perfeito
O inverno é época de amor-perfeito.
Foto: Jennifer Dickert
No nordeste, com a época da chuvas, as plantas dispensam maiores cuidados, pois ficam até mais bonitas. Adubações continuam sendo bem vindas nestas condições. No centro-oeste, ao contrário, a estiagem castiga as plantas tropicais, e irrigações e pulverizações suplementares fazem bastante diferença na saúde e vitalidade das plantas.
Em resumo, o inverno é um período de baixa manutenção, mas que exige alguns cuidados, para que as plantas atravessem o inverno com vitalidade. É o período de preparar a terra para as intensas atividade de primavera. No paisagismo, é o momento de planejar, escolher as espécies que vão ser plantadas na próxima estação e decidir como serão os canteiros. No quadro abaixo, há quatro listas com sugestões para você plantar, colher e podar no inverno e uma lista das espécies em flor nesta estação. Aproveite e tenha um inverno florido!

Com plantar sementes



Sementeira
Germinar sementes é fácil, basta seguir alguns cuidados.
Foto: Daniel Morrison A produção de mudas de plantas através de sementes é tarefa geralmente simples, mas que exige alguns cuidados básicos. Ela pode ser feita em bandejas, tubetes, vasos ou saquinhos próprios para mudas. Em casa é possível aproveitar embalagens de garrafas pet, caixas de leite, latas, potes, bandejas plásticas, caixas de ovos, etc, perfazendo uma infinidade de recipientes recicláveis. O tamanho do recipiente é importante e está diretamente relacionado com o tamanho esperado da muda na época de transplante. Mudas de árvores e arbustos se desenvolvem melhor em embalagens maiores, enquanto que plantas herbáceas, como flores anuais, temperos e hortaliças, ficam bem nos menores. Recipientes de mudas podem ser reutilizados, mas é imprescindível que sejam escrupulosamente lavados e esterilizados antes de cada uso, evitando assim a transmissão de doenças entre os lotes. Algumas sementes exigem semeadura diretamente no local definitivo, pois são muito sensíveis ao transplante, como as cenouras por exemplo. Neste caso, prepare bem os canteiros e dispense os recipientes.
Sementeira
Até mesmo saquinhos feitos de jornal podem ser utilizados..
Foto: Jennifer
  
A escolha das sementes deve ser criteriosa. Elas devem possuir boa genética e serem livres de pragas e doenças. Sementes fracas e contaminadas são certeza de insucesso. Adquira sementes de empresas idôneas e responsáveis por sua qualidade, que fazem testes de germinação regularmente em todos os lotes. Escolha as sementes tendo como critério o local de origem das plantas e a estação do ano. Algumas espécies podem necessitar de frio para o seu desenvolvimento e desta forma não é indicado o seu plantio no centro-oeste, norte e nordeste por exemplo. Outras só devem ser plantadas na primavera, evitando-se as outras estações do ano.
Na maioria das vezes, quanto mais frescas as sementes, melhor é o seu poder germinativo. No entanto, muitas sementes de árvores, arbustos e plantas anuais, possuem dormência, o que faz com que o passar do tempo e das estações seja importante para a sua germinação. Essa dormência pode ser superada no caso de sementes duras de diversas árvores. Técnicas especiais de quebra de dormência, que podem incluir escarificação mecânica, imersão em água quente, ou até mesmo ácido sulfúrico, garantem germinação em tempo recorde e de maneira mais uniforme, facilitando o futuro manejo das mudas. Verifique sempre se as sementes que você está adquirindo necessitam quebra de dormência, para realizar os procedimentos corretamente, evitando frustrações futuras.
Estufa
Estufas simples podem ser construídas em qualquer cantinho.
Foto: Bev Wagar
Tenha em mente que o substrato ideal para o plantio está estritamente relacionado com o habitat da espécie escolhida. Cactáceas por exemplo, vão necessitar de um substrato mais arenoso. Plantas carnívoras preferirão turfas levementes ácidas e esfagno. Utilize substrato preferencialmente esterilizado, evitando assim que suas sementes entrem em contato com bactérias, fungos ou pragas, e desta forma apodreçam ou sejam devoradas antes mesmo de germinar. É possível comprar substratos prontos para semear, já fertilizados e esterilizados, mas a tarefa de encontrá-los pode ser difícil, então disponibilizamos uma receita simples, que deve funcionar bem na maioria dos casos:
  • 1/4 de terra comum de jardim
  • 1/4 de areia (ou vermiculita)
  • 2/4 de terra vegetal (composto orgânico)
Esterilize o solo, colocando-o no sol até secagem completa, revirando de vez em quando, perfazendo pelo menos 24 horas de solarização. Alternativamente é possível esterilizar o substrato colocando-o no forno por 30 minutos ou no microondas por 3 minutos para cada quilo de substrato.
Não utilize fertilizantes orgânicos não decompostos nesta fase, pois eles podem fermentar matando as pequenas plantas. Evite também o nitrogênio, pois pode ser muito forte para as frágeis raízes em desenvolvimento. No entanto, não abra mão de um bom fertilizante rico em fósforo e potássio, como um NPK 0.20.20, 0.30.20, ou 4.14.8, que garante raízes fortes e vigorosas, além de calcário para neutralizar o pH do substrato, evitando a toxidez por alumínio. Depois de completamente frio, adicione os fertilizantes e coloque o substrato nos recipientes (bandejas, potes, tubetes).
Sementeira
Sementes pequenas são mais facéis de distribuir com 
a ajuda de um papel dobrado.
Foto: Dwight Sipler
Faça uma pequena cova e deposite de 2 a 5 sementes em cada tubete, saco plástico ou célula da bandeja. A profundidade de cada sementes deve ser calculada em função do seu tamanho e necessidade de luz para germinar. A regra geral é cobrir cada semente com substrato peneirado em uma camada com cerca de 2 a 3 vezes o seu tamanho. Algumas sementes são tão pequenas que não necessitam ser cobertas. Não esqueça de identificar cada sementeira com uma plaquinha de identificação.
Irrigue com água da torneira descansada, para evitar os efeitos danosos do cloro. A freqüência das regas deve ser o suficiente para manter o substrato úmido, sem encharcar. Se faltar água no processo de germinação das sementes, elas se desidratam e morrem. Utilize para irrigar um regador de crivo muito fino, ou até mesmo um pulverizador, evitando-se assim molestar as sementes. Após a germinação é possível reduzir gradativamente as regas, de acordo com o desenvolvimento das raízes.
Sementeira
Uma janela pode ser o local ideal para germinação. Repare
que os recipientes são biodegradáveis e não precisam
ser retirados no transplante ao local definitivo.
Foto: DrStarbuck
Mantenha em local de bastante luz, porém sem sol direto. O ideal é construir um pequeno viveiro aberto nas laterais e coberto com sombrite, para o verão e locais quentes, ou uma estufa coberta com lona branca ou transparente, para o inverno e em locais frios. Se não for possível, coloque em local que receba luz indiretamente, como uma janela pegando o sol da manhã ou da tardinha, protegido de ventos fortes.
Quando as plantas estiverem com 2 a 3 pares de folhas, faça o raleio, retirando cuidadosamente das sementeiras àquelas que forem mais fracas e doentes, deixando apenas uma em cada célula. As mudas saudáveis, retiradas durante o raleio, poderão ser repicadas (replantadas) em novos recipientes preparados. Depois que as mudas atingirem 10 cm de altura (para herbáceas e arbustos), ou 15 a 20 cm de altura (para árvores), o que se dá cerca de 30 a 45 dias após a germinação; elas poderão ser plantadas para local definitivo ou para recipientes maiores. O transplante é uma ocasião delicada, que exige mãos habilidosas. Ele deve ser realizado preferencialmente em dias nublados e úmidos, e, se não for possível este tempo, prefira transplantar à tardinha. Se efetuado de bandejas sem divisórias utilize um garfo para auxiliar.
Sementeira
A repicagem e o transplante são tarefas delicadas.
Foto: Dwight Sipler
Transplantar de saquinhos e tubetes já é tarefa mais fácil, mas exige igual cuidado. Plante as mudinhas em covas bem dimensionadas, fertilizadas com 150 gramas de esterco curtido e 30 gramas de NPK 04.14.08. Misture bem os fertilizantes e estercos com a terra. Acomode a muda no centro e preencha as laterais com a terra adubada. Cuide para que o colo da muda permaneça no mesmo nível do solo. Irrigue diariamente até o perfeito "pegamento da muda", ou seja, quando ela der claros sinais de desenvolvimento. Respeite o espaçamento entre mudas e entre linhas da espécie que você estiver cultivando.
Sementeira
Uma sementeira bem preparada e identificada.
Foto: Dwight Sipler
Algumas mudas podem necessitar de tutores na fase de transplante, como árvores e trepadeiras, evitando assim tombamentos acidentais enquanto não estiverem fortes e enraizadas. Proteja as mudas de formigas cortadeiras com produtos específicos para este fim.
Por fim, desejo boa sorte a todos os jardineiros que se aventurarem no plantio de sementes. O plantio das suas próprias mudas de plantas ornamentais e hortaliças é uma tarefa realmente gratificante, mas o trabalho não termina por aqui: o cuidado com as plantas deve ser contínuo, não deixando faltar água e nutrientes, fazendo a manutenção com podas e tutoramentos e resguardando-as de pragas e doenças.
Texto: Raquel Patro

Educação

"Se não morre aquele que planta uma árvore e nem morre aquele que escreve um livro, por mais razões não deve morrer quem educa, que planta nas almas e semeia nos espíritos." Bertold Brecht

As quatro ecologias

Educação Ambiental

domingo, 29 de abril de 2012

Ecologia Humana








Ecologia Humana

Ecologia Profunda

ecologiaprofunda2 Ecologia Profunda em síntese

http://atwabrasil.com/2010/05/24/ecologia-profunda-em-sintese/

Ecologia profunda


Ecologia Profunda


“Defrontamo-nos com toda uma série de problemas globais que estão danificando a biosfera e a vida humana de uma maneira alarmante, e que pode logo se tornar irreversível. Quanto mais estudamos os princípios problemas de nossa época, mas somos levados a perceber que eles não podem ser entendidos isoladamente”.

A Teia da Vida, de Fritjof Capra, trata de questões como a Ecologia Profunda e as mudanças de paradigma.

“A ecologia rasa é antropocêntrica, ou centralizada no ser humano. Ela vê os seres humanos como situados acima ou fora da natureza, como a fonte de todos os valores, e atribui apenas um valor instrumental, ou de “uso”, à natureza. A ecologia profunda não separa seres humanos - ou qualquer outra coisa do meio ambiente natural. Ela vê o mundo não como uma coleção de objetos isolados, mas como uma rede de fenômenos que estão fundamentalmente interconectados e são interdependentes. A ecologia profunda reconhece o valor intrínseco de seres vivos e concebe os seres humanos apenas como um fio particular na teia da vida. A essência da ecologia profunda consiste em formular questões mais profundas. É também essa a essência de uma mudança de paradigma. A mudança de paradigmas requer uma expansão não apenas de nossas percepções e maneiras de pensar, mas também de nossos valores”.

Fonte: http://phccriativo.wordpress.com/



Ecologia Interna

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Tato
Comecemos pela ecologia interna 
Por Tato
tato
Foto: Vanessa Siqueira + Joana Sorino + PasarKreasi
O planeta anda mesmo caótico. Por onde quer que olhemos, nos deparamos com uma tremenda desordem refletida na geração desenfreada de lixo, na escassez de água potável, nas catástrofes “naturais”, no aumento da poluição, na extinção de espécies sequer conhecidas, nas sacolas plásticas a se agarrar em nossas pernas quando entramos no mar, no desmatamento falsamente justificado pela geração de alimentos, no desperdício de comida e na fome de tanta gente.
Independentemente de os cientistas estarem certos ou errados sobre o fato de o aquecimento global ser causado pelo ser humano, de estarmos “apenas” acelerando um processo natural, ou de não termos absolutamente nada a ver com o aumento de temperatura da Terra, o fato é que nós estamos fazendo uma grande bagunça por aqui. Hoje já exigimos do planeta 30% a mais do que ele é capaz de oferecer.
É como estar numa nave em missão espacial e jogar o lixo por todo canto, comer tudo de uma vez, matar todas as formas de vida que estão lá dentro e acabar com a reserva de água sabendo que você mora ali e não vai poder sair para buscar novos recursos. É o que estamos fazendo e não é muito difícil perceber que isso é autodestruição.
Provavelmente, as coisas não vão mudar muito enquanto olharmos para a natureza como um cenário à parte da vida que escolhemos levar, enquanto encararmos o meio ambiente como algo que está a quilômetros de distância, restrito às áreas de conservação na Amazônia, ou tivermos a crença de que apenas o planeta precisa de nós e, portanto, podemos, em nosso tempo livre, fazer alguma coisa para salvá-lo, se lembrarmos.
Falta o entendimento de que somos apenas mais uma espécie nessa imensa cadeia da vida, falta a sensação de pertencimento a essa realidade chamada Terra, falta entender que todas as formas de existência estão interligadas e que o que acontece a qualquer uma delas afeta todas as outras, falta reconexão com os outros milhares de pontos que compõe, igualmente, uma grande rede interdependente que precisa de equilíbrio.
Nossa desastrada interação com o planeta é reflexo da bagunça que vivenciamos dentro de nós e se origina de uma falta de conexão interna, de cada um consigo mesmo. Sinceramente, é preciso estar muito desalinhado para destruir o próprio lar, a mãe que nos gera e nos provê absolutamente tudo o que necessitamos para sobreviver, os seres que possuem buscas profundas tão semelhantes às nossas.
Não se trata de uma justificativa para nossos atos de agressão ao meio ambiente, mas de um convite à reflexão. Será que agiríamos com o mesmo descaso se, internamente, quiséssemos e soubéssemos cuidar de nós mesmos? Pense bem: quando é que sua casa fica mais desorganizada, em momentos em que você também se sente perdido, sobrecarregado e com a autoestima lá embaixo, ou nos dias de paz e plenitude? Quando é que você trata melhor as pessoas que ama? Quando se respeita e, portanto, é capaz de respeitá-las, com suas diferença, ou quando passa por cima de você mesmo em nome de algo que não faz sentido para seu coração?
Nossa proposta para você é um exercício de ecologia interna. Cuidar dos próprios fluxos de energia que circulam aí dentro, eliminar o lixo mental, acolher os sentimentos que surgem, respirar ar puro, se alimentar com a quantidade adequada para o bom funcionamento do seu organismo, desfrutar do sabor de frutas e verduras orgânicas, respeitar os ciclos necessários de atividade e descanso, honrar as raízes, buscar o silêncio e, com isso, aprender a ouvir e a reconhecer as manifestações sonoras, fechar os olhos, admirar as cores, entrar em contato com o verde, sorrir, fazer algo que deseja muito, mesmo que ninguém saiba, movimentar o corpo, colocar o pé na terra, tomar um banho e lavar a alma, sentir o pulso do seu coração e perceber o que mais lá fora pulsa com ele, amar.
Porque, nesse estado, nossas posturas e nossas escolhas certamente não serão as mesmas que nos trouxeram até aqui.

Os pássaros

Sementes


O caminho das sementes







A semente não pode saber o que lhe vai acontecer, a semente jamais conheceu a flor. E a semente não pode nem mesmo acreditar que traga em si a potencialidade para transformar-se em uma bela flor.
Longa é a jornada, e sempre será mais seguro não entrar nessa jornada, porque o percurso é desconhecido, e nada é garantido. Nada pode ser garantido.
Mil e uma são as incertezas da jornada, muitos são os imprevistos e a semente sente-se em segurança, escondida no interior de um caroço resistente. Ainda assim ela arrisca, esforça-se; desfaz-se da carapaça dura que é a sua segurança, e começa a mover-se.
A luta começa no mesmo momento: a batalha com o solo, com as pedras, com a rocha. A semente era muito resistente, mas a plantinha será muito, muito delicada, e os perigos serão muitos.
Não havia perigo para a semente, a semente poderia ter sobrevivido por milênios, mas para a plantinha os perigos são muitos. O brotinho lança-se, porém, ao desconhecido, em direção ao sol, em direção à fonte de luz, sem saber para onde, sem saber por quê. Enorme é a cruz a ser carregada, mas a semente está tomada por um sonho, e segue em frente.
Semelhante é o caminho para o homem. É árduo. Muita coragem será necessária.
Existem pequenas flores silvestres que enfrentam o desafio das rochas, das pedras em seu caminho, para aflorarem à luz do dia.
Envoltas em uma brilhante aura de luz dourada, elas exibem a majestade do seu pequenino ser. Sem nenhum constrangimento, equiparam-se ao sol mais brilhante.
Quando nos defrontamos com uma situação muito difícil, há sempre uma escolha: podemos ficar repletos de ressentimentos e tentar encontrar alguém ou alguma coisa em que pôr a culpa pelas nossas dificuldades, ou podemos enfrentar o desafio e crescer.
As flores nos mostram o caminho, na medida em que a sua paixão pela vida as conduz para fora da escuridão, para o mundo da luz.
Não há nenhum sentido em se lutar contra os desafios da vida, ou tentar evitá-los ou negá-los. Eles estão aí, e se a semente deve transformar-se na flor, precisamos passar por eles.
Seja corajoso o bastante para transformar-se na flor que você foi feito para ser.
Gilson Chveid Oen


http://refletiresentir.blogspot.com.br/2010/03/o-caminho-das-sementes.html

Ecologia Interior


Ecologia interior


Por um minuto, esqueça a poluição do ar e do mar, a química que contamina a terra e envenena os alimentos, e medita: como anda o teu equilíbrio ecobiológico? Tens dialogado com teus órgãos interiores? Acariciado o teu coração? Respeitas a delicadeza de teu estômago? Acompanhas mentalmente teu fluxo sanguíneo?
Teus pensamentos são poluídos? As palavras, ácidas? Os gestos, agressivos? Quantos esgotos fétidos correm em tua alma? Quantos entulhos — mágoas, ira, inveja — se amontoam em teu espírito?

Examina a tua mente. Está despoluída de ambições desmedidas, preguiça intelectual e intenções inconfessáveis? Teus passos sujam os caminhos de lama, deixando um rastro de tristeza e desalento? Teu humor intoxica-se de raiva e arrogância? Onde estão as flores do teu bem-querer, os pássaros pousados em teu olhar, as águas cristalinas de tuas palavras? Por que teu temperamento ferve com freqüência e expele tanta fuligem pelas chaminés de tua intolerância?

Não desperdiça a vida queimando a tua língua com as nódoas de teus comentários infundados sobre a vida alheia. Preserva o teu ambiente, investe em tua qualidade de vida, purifica o espaço em que transitas. Limpa os teus olhos das ilusões de poder, fama e riqueza, antes que fiques cego e tenhas os passos desviados para a estrada dessinalizada dos rumos da ética. Ela é cheia de buracos e podes enterrar o teu caminho num deles.

Livra a tua vida de tantos lixos acumulados. Vive o teu dia como se fosse a data de teu renascer para o melhor de ti mesmo - e os outros te receberão como dom de amor.

Pratica a difícil arte do silêncio. Recolhe-te no mais íntimo de ti mesmo, mergulha em teu oceano de mistério e descobre, lá no fundo, o Ser Vivo que funda a tua identidade.Ainda que estejas cercado de adversidades, se preservares a tua ecobiologia interior serás feliz, porque trarás em teu coração tesouros indevassáveis .
Frei Beto
http://refletiresentir.blogspot.com.br/2010/03/ecologia-interior.html