quinta-feira, 15 de agosto de 2013

BRINCO DE PRINCESA - FLOR SÍMBOLO DO RIO GRANDE

BRINCO DE PRINCESA - FLOR SÍMBOLO DO RIO GRANDE



O Rio Grande do Sul é um estado que se caracteriza pelo orgulho e amor de seu povo por seus símbolos, ostentando com galhardia seus usos e costumes e as tradições do estado. Por isso, possui diversos “símbolos oficiais”, que reafirmam os cultuados valores gaúchos.
O decreto número 38.400 de 16 de abril de 1998 institui a “Flor símbolo do estado do Rio Grande do Sul”“Brinco de Princesa” da espécie "Fuchsia Regia (Vell.) Munz", da Família ONAGRACEAE.
O nome popular de “Brinco de Princesa” é dado à planta graças às belas flores que ficam pendentes como os brincos delicados que são utilizados pelas mulheres gaúchas.
Trata-se de uma planta nativa da América Central e Sul, com ramagem e flores pendentes em forma de sino, onde tanto as pétalas quanto as sépalas possuem cores variadas e contrastantes como vermelho, azul, violeta, branco e rosa.
“Brinco de Princesa”, foi indicado como a flor que simboliza o Rio Grande do Sul por sua admirável beleza, facilidade de cultivo e potencial paisagístico, pois adapta-se com facilidade aos ambientes, suportando inclusive o frio e a geada que caracterizam o inverno gaúcho, além de serem muito visitadas pelos beija-flores em seu período de floração.
Assim, pode-se dizer que o “Brinco de Princesa” se assemelha ao povo gaúcho, resistindo às intempéries sem perder a beleza e a elegância que caracterizam os habitantes desse Estado.
Flor símbolo: Brinco-de-princesa
Por intermédio do Decreto nº 38.400, de 16 de abril de 1998, instituiu-se como Flor-símbolo do Estado do Rio Grande do Sul, a espécie “Brinco-de-princesa”, Fuchsia regia (Vell.) Munz, da família Onagraceae.
A família botânica das Onagráceas é originária da América Central, e no Rio Grande do Sul, ocorre nas regiões mais altas, no Noroeste do Estado.
A indicação da Fuchsia regia como flor-símbolo, foi devido o seu aspecto de grande beleza, facilidade de cultivo e potencial paisagístico.
As flores “brincos-de-princesa”, em sua grande maioria, cultivadas como plantas ornamentais, são híbridas, e que se contam hoje aos milhares.
Caracterizam-se por serem arbustos de folhas ovais ou lanceoladas (forma de lança), algo denteada (de bordos com entalhes perpendiculares a linha do comprimento), opostas, caules flexíveis, que lignificam ao passar do tempo. As flores são axilares isoladas, mas abundantes: cálice tubular dividido em quatro sépalas e corola com quatro pétalas de cores vermelho-arroxeadas, envolvendo a corola roxo-violeta.
São cultivadas a pleno sol ou à meia-sombra, geralmente como plantas isolada, apoiado em grades, colunas e postes ou em vasos e jardineiras, como plantas pendentes. Destacam-se por se adaptar a climas frios e a tolerar geadas. As flores são muito visitadas por beija-flores.
Multiplicam-se facilmente por estaquia, principalmente quando preparadas nos meses de verão e colocadas para o enraizamento dentro de estufas. Requerem solos com bom teor de matéria-orgânica.
Entre as espécies naturais do Brasil, além de Fuchsia regia, figuram: F. petiolaris, F. glazioviana, F. mollis, F. pubescens,e a trepadeira F. integrifolia, que chega atingir 10 metros de altura.
De todas as espécies citadas, a mais surpreendente provavelmente seja a Fuchsia exorticata, da Nova Zelândia, que chega alcançar 15 metros de altura.
DEC:   38.400
DECRETO N° 38.400, DE 16 DE ABRIL DE 1998.
Institui a Flor Símbolo do Estado do Rio Grande do Sul.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 82, inciso V, da Constituição do Estado,
DECRETO:
Art. 1° - É instituída como Flor Símbolo do Estado do Rio Grande do Sul a espécie Brinco-de-Princesa, "Fuchsia Regia (Vell.) Munz", da Família ONAGRACEAE.
Art. 2° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3° - Revogam-se as disposições em contrário.
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 16 de abril de 1998.

Manacá - Cultivo

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Vovó tinha um Manacá-de-Cheiro quando eu era ainda muito pequenina. Lembro que para a criancinha de 3 ou 4 anos de idade, era tão mágico aquela arvorezinha que dava flores de cores diferentes! Não adiantava minha avó explicar que as flores mudavam de cor, eu teimava a todo custo que não, elas nasciam diferentes! Mas como eu já passei desta fase, não insisto mais nesta fantasia. Lembro também que perdia muito tempo olhando o arbusto, gostava de tirar folhas só para sentir sua textura em minhas mãos. Coisas dos tempos de inocência. Minha avó sempre gostou de flores perfumadas, e tirava flores para sentir o perfume e por vezes colocava nos cabelos. Vamos ao Manacá-de-Cheiro?
O Manacá-de-Cheiro (Brunfelsia uniflora) também é conhecido como Geretataca, Caágamba, Romeu-e-Julieta, Mercuri, Manacá-de-Jardim e Ontem-Hoje-e-Amanhã. Em espanhol também é conhecido por Manaca e Francesino. Em inglês pode ser chamada de Yesterday-Today-Tomorrow. É originária do Brasil, sendo nativa de zonas de clima tropical e subtropical.
Tem ciclo de vida perene, é muito perfumada, razão pela qual também é chamada de Manacá-de-Cheiro. É classificado como um arbusto mas, dependendo do espaço onde é cultivado e da idade que atinja, pode chegar a ter 3 metros de altura, tornando-se uma árvore de pequeno porte. Forma uma copa alongada e arredondada que pode chegar a 2 metros de diâmetro, com galhos que tendem a crescer para baixo, sendo estes ásperos. As folhas são ovais e lisas, de cor verde-escura.
As flores arredondadas mudam de cor conforme envelhecem, começando por uma tonalidade azul-violeta e clareando até tornarem-se brancas. É por esta razão que um mesmo arbusto pode apresentar flores de cores diferentes, e razão também para ter o nome de Ontem-Hoje-e-Amanhã. As flores tem vida curta, mas a floração é longa, durando toda a Primavera e Verão, desde que cultivadas em pleno sol. Os frutos são pequenos e em forma de cápsula.
borboletamanacaPode ser utilizada no paisagismo em cultivo isolado ou em grupos. Devido ao forte perfume de suas flores não deve ficar muito próximo à casa, quando haja alguém sensível a fortes odores. Caso não haja, podem ter um excelente efeito visual se plantadas junto a paredes ou muros, que ganham um belo colorido com a presença do Manacá-de-Cheiro.
Há uma borboleta, conhecida como Borboleta-do-Manacá, que deposita seus ovos apenas nas folhas desta planta, sendo este único alimento das lagartas. No caso do Brasil, devido à presença da Borboleta-do-Manacá, convém protegê-la da proximidade de pessoas na época em que estiverem com a presença das lagartas. Fora do Brasil não há a ocorrência desta borboleta. Se você está no Brasil e tem seu belo Manacá-de-Cheiro cheio de lagartas desta borboleta, não as destrua! Não se esqueça que as feias lagartas em pouco tempo vão transformar-se em belas borboletas. Elas não irão destruir a planta, pois necessitam que ela continue existindo para que continuem também existindo.
O Manacá-de-Cheiro necessita de sol pleno para ter uma abundante floração, mas suporta áreas sombreadas, desde que sempre haja a incidência de raios solares sobre ela. É uma planta de zonas tropical e subtropical, sendo portando, adaptada a climas quentes. Mas tem um melhor desenvolvimento em zonas onde há grandes diferenças de temperaturas (dias quentes e noites frias). Como tolera bem o frio pode ser cultivada em zonas de clima frio, mas não suportam geadas muito fortes. É justamente em locais de clima mais frio que tem maior floração.
manacadecheiro00Quanto ao solo, tolera os pobres mas desenvolve-se melhor em solos ricos de matéria orgânica. O solo não precisa ser bem drenado. Caso tenha um pequeno exemplar plantado em um vaso, a cada 2 anos deve trocar toda a terra que envolve a planta. Mas devido ao tamanho que pode atingir não tem vida longa em um vaso, devido à limitação de espaço.
As regas devem ser diárias durante o período de floração, mas em qualquer época do ano devem ser regadas com regularidade. A adubação deve ser feita em um intervalo de 15 a 20 dias, com adubo que contenha enxofre e potássio para que tenha um melhor desenvolvimento.
Dependendo do uso que se dê à planta deve ser podada regularmente. Junto às raízes nascem brotos que podem originar novas plantas. Ainda que não tenha interesse em fazer novas mudas este brotos devem ser retirados para evitar que o Manacá-de-Cheiro transforme-se em uma touceira.
Quanto à reprodução tanto podem ser por sementes, mudas ou estaquias, e em qualquer época do ano. Os brotos que surgem a partir da raiz, se retirados da planta dão origem a mudas. Além disso, galhos da planta podem dar origem a novas plantas (estaquia).
O Manacá-de-Cheiro pode ser atacado por fungos nos períodos mais úmidos do ano, que podem ser eliminados sem grandes dificuldades com um fungicida. Pode ser atacado por cochinilhas e pulgões, mas só devem ser tratadas com inseticida quando não estão no período de floração.

Lendas do Manacá



A Lenda do Manacá.

Numa terra bem distante onde as flores encantavam a  todos,o rei pediu novas flores a seus súditos.
Em cada casa era cultivada com muito carinho sementes diferentes para levar a apreciação do rei.
Neste ano em especial ele não queria  as plantas florescidas.
Pediu para cada um colocar as sementes em vasos,  quando florescessem ele  chamaria o ganhador.
O rei também dizia que se a flor conquista-se o coração de alguma de sua filhas o jardineiro poderia com ela se casar.
Numas destas famílias, dois irmãos se mantinham ocupados  a criar belas  plantas.
Um criou uma delicada flor branca  e o outro a mesma delicada  flor num tom lilás bem suave.
A vontade de vencer era muita. Mas estava deixando os irmãos  infelizes .
O amor fraternal falava mais alto.
Man semeou a flor branca e Acá  semeou a lilás.
E em cada vaso tinha o nome do criador da nova planta.
Durante a noite Man resolveu mudar as semente porque acreditava que a sua seria a vencedora.
E assim colocou a sua  semente no vaso do irmão.

Ele  pensou :meu irmão é mais velho e vai ficar muito feliz casando com a filha do rei.
Eu tentarei no próximo ano.
Uma fada vendo o acontecido se encheu de ternura e durante a noite  dividiu e misturou as sementes.
.
No dia marcado todos levaram ao palácio os vasos com as sementes plantadas.
Caberia as filhas  do  rei  aguá-las até florescerem.
E poderiam escolher casar com o dono da mais bela flor, se esta  fosse a sua vontade.
E assim na primavera todos os vasos estavam floridos.
E as princesas se encantaram com dois vasos em especial.
Eles tinham flores lilases e brancas.
Em dois vasos nasceram flores idênticas. Flores de duas cores nascidas de uma só planta.
Cada vaso tinha o nome de quem plantou.
Numa estava escrito Man e no outro Acá.
O rei  anunciou que  as duas plantas  iguais seriam as vencedoras e teriam um só nome.
 e assim nasceu o manacá.

E as filhas do rei  ao conhecerem os  nobres irmãos  jardineiros , criadores de tão lindas flores se apaixonaram como que por encanto.
E neste  reino ,reina paz e harmonia a sombra dos “manacás”.


Conta a lenda que um índio brasileiro, no início dos tempos, ao ver a planta florida, expressou nessas três sílabas o encantamento que a visão lhe causou: "Manacá!" ( = coisa bonita, em tupi-guarani). Outra lenda fala de uma linda moça da tribo que....




Brincos de princesa

Para quem quer saber mais
Fuchsia hybrida
Família:Onagnaceae
Origem: América do Sul
Nome vulgar: Brincos-de-princesa
Ciclo de vida: Perene
Propagação: Por estaca
Época de plantação: Primavera
Época de Floração: Primavera e Verão
Cor de floração: Branco, cor-de-rosa, encarnado
Altura: até 1 m
Distância de plantação mínima: 0.6 m
Condições de cultivo: Meia sombra. Solo fértil e bem drenado. Não gosta de sol direto.
Utilização: Interior e exterior, floreiras, vasos, canteiro.

Manutenção: Regas apenas quando o solo está seco, pulverizar no verão quando o ar está muito seco. Podar ligeiramente no inverno para estimular a floração na primavera, pode aproveitar estes caules que retira para fazer estacas para mais plantas.

Espero que tenham gostado
Até breve
Um abraço
Teresa Chambel

Imagens via : Pinterest